quarta-feira, 22 de setembro de 2010

* Celeste *

tela : Azul musical
de: Ana Luiza Kaminski

da palavra
retilínea ossuda
anoréxica
fria opaca
traço o verso mudo
quando escrevo sou
voz em guelras de peixe
o barulho que faço
é (sub)aquático
com desejo de céu


Úrsula Avner

14 comentários:

  1. Belas palavras - sem qualquer vestígio de anorexia :) - no almejar do que nos transcende...
    Beijo :)

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  2. Úrsula Avner;

    Uma forma carismática, (assim como a poetisa) de versificar, fazendo-nos vibrar com as palavras, livres, soltas e emocionantes!
    Uma pintura (Celeste-Azul Musical) de fina escolha e uma trilha sonora que nos leva ao infinito.
    É um presente, para mim, o compartilhamento de sua bela página!
    Obrigado!

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  3. Nossa! O que importa é o desejo, sub, sobre, entre... ele sempre emana!
    Arrebentou, poetisa!

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  4. "quando escrevo sou...
    ...com desejo de céu"

    A palavra que me sustente!

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  5. do céu ao mar, toda poesia muda
    (com ambiguidade e tudo)

    a mudez dos teus versos reverbera!!!

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  6. Muito linda, Úrsula, essa subversão da palavra "fria opaca", onde imprimes um barulho sub-aquático com desejo de céu. A metáfora é riquíssima, teu poema é puro frescor.

    bjs.

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  7. OLá.. querida que lindo !!
    Amo esta Palavra...
    Não só por grandes significados, mas por ser o nome da minha Mãe !!
    bjsssssssss

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  8. Úrsula, queridona!

    Vc faz é mt barulho... Uma explosão sub, sob e sobre.
    Eu fico encantada.
    Bjs da amiga, sempre

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  9. Lindeza total, esse poema. E o fecho é de mestre.

    Beijo.

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  10. Teu barulho é canção em tom maior...

    Beijos, formosura!

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  11. ... Uma Visão Celeste!


    Incrível tua alma bela: — um colar:
    Áuricos são teus olhos em meus dias,
    Luas de esmeraldas: — doce alegria!
    (Uma silhueta de luz a me amar!...)

    Meu amor: — quero teus lábios de mar:
    —Aurora boreal, — Canta ventania!...
    Rimo versos de amor com melodia...
    Curto tua veste duma cor solar!

    Beijo teu rastro, ao som da minha vida...
    No ocaso sinto o bronze incontido,
    Saio do papel com tinta. (— um metal!...)


    Inda ecoam teus cabelos; um mistério
    Zurzindo minha alma ao etéreo!...
    — Álamo:- Tenho teus pés no final.

    Machado de Carlos

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  12. De coração agradeço a cada amigo, amiga e visitante que aqui deixou seu comentário. Cada palavra é preciosa. Um abraço a todos e todas.

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