sexta-feira, 23 de abril de 2010

* (Sou)zinho *


arte : Pino Daeni


sou de prata
talvez de bronze
ouro é precioso demais
em cada gesto
mais silêncio que estrondo
hoje, passivo é
o tempo cá dentro
contempla o sol se pondo
pardo
amarrotado
ás vezes
sonolento e brando


Úrsula Avner

17 comentários:

  1. Que bonito, Úrsula. Vc contempla em poesia tudo o que eu queria enxergar. Aqui eu vejo =).

    Beijo!

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  2. Belo poema . Como os metais,a alma se forja e se molda . Parabéns Ursula !

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  3. Nada como a poesia para colorir tempos nublados.

    Bjs

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  4. Lindo, Úrsula!

    Nem de prata, nem de bronze. Você e sua poesia é do mais puro cristal. Percebe a imagem que fez enriquecer um sol poente, uma nuvem, enfim...
    Se tudo é opaco, você continua a escrever em pleno Brilho!

    Parabéns!

    Beijos

    Mirse

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  5. "contempla o sol se pondo
    pardo
    amarrotado
    ás vezes
    sonolento e brando" lindo poema, especialmente esses versos. Beijo.

    PS: Essa música de fundo é tão triste e bela que dói a alma.

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  6. Úrsula,

    O sol às vezes é o resumo
    do que fica em nós amordaçado.
    Apenas fumo,
    como se o lume fosse imaginado...

    Um beijo, Poeta!
    AL

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  7. [um pouco de tudo, um pouco de nada, mas nunca demasiado... a ser ouro, que seja e nada menos!]

    um imenso abraço, Úrsula

    Leonardo B.

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  8. "Arder na água, afogar-se no fogo" (Bukowski)

    Confesso que seu espaço me trouxe uma sensação de tranquilidade...!

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  9. "Ouro é precioso demais"... Seu talento, Úrsula, sob muitos aspectos é mais precioso do que o ouro. Sensibilidade, serenidade, tranquilidade... Abraço carinhoso... Cuide-se bem...

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  10. Ursula
    tanto tempo.
    senti felicidade por te ver aqui.
    beijinho grande e volta sempre

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  11. SOU MESMO...


    Sou mesmo...
    Da mesma terra que tu
    Da terra do chão vermelho
    Da terra batida cheirando a pó...

    Sou mesmo...
    Da mesma terra que tu
    Onde todos saltamos os rios
    Corremos a apanhar borboletas...

    Borboletas de cores lindas...
    De gafanhotos que saltavam
    Que pulavam à minha frente
    Como quem brinca às escondidas...

    E brincava na palha do café
    Apanhava bitacaias nos pés
    Comia manga, safú e goiaba
    Apenas porque...
    Sou mesmo...
    Da mesma terra que tu...

    LILI LARANJO

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  12. Ursula

    Que criativo e inteligente esse poema, brinca com as palavras, o trocadilho nos remete àquele sol fraco, quase morrendo... Um sol fraquinho, representando a solidão, o silêncio "(sou)zinho".

    Chris

    Ps
    Obrigada pelo carinho

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  13. ursula querida,
    so tenho a dizer que sinto uma paz ao ler sua poesia e costumo senti-las e não tentar decifra-las.
    obrigada pelas gentis palvras no meu blog.
    de uma passadinha por la (por favor)e diga se aprova o que postei.
    um abraço com bjos da amiga rita.

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  14. Agradeço cada palavra de carinho aqui postada por meus amigos ,amigas e visitantes da blogosfera. Um abraço afetuoso a todos.

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  15. Talvez toda essa valiosidade que carregas tenha culpa na visão amrrotada od sol.

    http://poesiafotocritica.blogspot.com

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  16. Esse então, combina com uma daquelas paisagens alucinógenas.

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