arte : Mel Gama
enrolada
nos trapos da mesmice
olhava para si mesma
com ar de desdém
sem desejo de sorrir
ou de lacrimejar também
sentimento depois de revirado
desbotado entornado
se não muda
petrifica
o cair da tarde
evoca lembranças
de outras eras
no chão de pele escura
verte-se lágrimas de sangue
explosiva mistura
Úrsula Avner
Realmente, se não enfrentarmos os petardos que nos desferem, terminamo-nos, pois, tornando estéreis. E aí haverá sempre as misturas bélicas contra tudo, inclusive contra nossos espelhos.
ResponderExcluirAbraço.
O tédio, difícil de revolucionar...
ResponderExcluirMas na poesia, na sua, foi possível!
Beijo.
úrsula querida,
ResponderExcluirlinda arte e linda poesia.
me fez pensar muito.
abraços e bjos da amiga rita.
Quando o tédio nos ataca fazemos um barco de papel e vamos com ele até onde o pensamento o permitir...
ResponderExcluirBeijos.
Amiga, Úrsula,
ResponderExcluirLindo! Pisar no chão da pele escura,ainda que no sangue das dores de lembranças. Melhor que o vazio.
Adoro td isso!
bjs
essa semana eu também falo da mesmice, da monotonia...mas ela enrolada em trapos é uma ´tima metáfora...
ResponderExcluirOi, Ursula!
ResponderExcluirPassando prá deixar um beijinho e ler sua poesia...
Bfs.
Meu sincero agradecimento e um abraço carinhoo a todos (as) que me visitaram e aqui postaram seu comentário.
ResponderExcluirÚrsula Avner
Úrsula
ResponderExcluirVárias vezes tentei visitá-la e não consegui: meu pc tem estado horrível.
Agora fui feliz. Que bom!
Encantei-me com o seu espaço...
Seu poema é lindíssimo, ao mesmo tempo enérgico e suave... Adorei! Parabéns!
Um abraço, querida
Gosto do sentir que desbota no meio da tarde enquanto o sentir fica na pele e as ilusões na alma.
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