quinta-feira, 16 de junho de 2011

* Nostálgica*

imagem: google

talvez um silêncio
silvestre
penetre a folha
de veias saltadas
nervos em sepulcro

hoje o azul
não basta
em cinza pardo
se despede o dia
apressado
não se aparta sozinho
vaga solitária
ao fundo da tela
lua cheia
de meias verdades
rege o bailado do mar
mas não lhe cabe decifrá-lo

zonza
a folha desprendida
de uma árvore qualquer
pernoita no húmus da terra
:
misteriosa jornada

se cantasse no horizonte
um vento festivo
seria azul

Úrsula Avner

11 comentários:

  1. Há cores para se ouvir, se sentir, enquanto os olhos marejam o cinza.

    Beijo, linda!

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  2. maravilhoso Úrsula essa folha zonza, maravilhosa! amei essa poesia

    beijos

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  3. En silencio leo tu precioso poema, es un grato
    placer pasar a leerte.
    te dejo mis saludos y deseo tengas
    un feliz fin de semana.
    un abrazo.

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  4. um vento festivo é uma anunciação azul,


    beijo

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  5. Passando pra matar saudades e desejar um ótimo findi.Tem um recadinho importante lá no meu Blog, estou te esperando, ok? Abraço, Milla

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  6. Úrsula


    E é no húmus da terra que a folha refaz o ciclo da vida. Haverá sempre um vento azul para celebrá-la!



    Lindo como a vida imita a natureza!
    Ventos festivos para tua vida, minha querida é o que eu mais te desejo!
    Bj imeeenso

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  7. Nem seria possível ver todas as cores que nos cercam, menos ainda as que vêm do húmus da terra. Mas o mundo é uma esperança de cores perpétua.

    Beijos.

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  8. Que beleza, Úrsula!

    Gostei da folha zonza. Identifiquei-me! As cores e o poema são belos como a autora.

    Beijos

    Mirze

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  9. Obrigada a todos pelos amáveis comentários. Bj.

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  10. "Hoje o azul não basta...". Lindo, minha amiga, lindo! Beijão!!!

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