tela: Duy Huynh
o corpo do dia
esticado
no varal dos olhos
se o orvalho
transcendesse
a gota
seria dilúvio
não caberia
em meus olhos
calejados de ver
a face do mundo
do mudo
do que é fundo
e não transborda
de longe
a noite espia
se estrelas cantassem
em coro afinado
embalariam meu
sono caloso
macerado
fadigado
amofinado
vem o clarão da noite
em pele fina
e ainda é dia
Úrsula Avner
Pelo jeito, o fundo sem fim também passeia pela sua poesia, que adentra o mistério da noite mal chega o dia.
ResponderExcluirLindo, moça!
Beijo.
Querida amiga
ResponderExcluirE se as estrelas cantassem?
E se pudessemos
revelar tudo
no varal do olhar?
Se...
Que as estrelas
sempre brilhem em teu olhar.
Sim, ainda é dia. Tudo isso e ainda é dia. Belo trabalho, Úrsula!
ResponderExcluirna pele que ardia se anunciava o dia,
ResponderExcluirbeijo
suave deliciar das palavras
ResponderExcluirbjs
Úrsula
ResponderExcluirO corpo do dia
esticado
no varal dos olhos
Anoitecemos, algumas vezes, mas dentro ainda é dia!!!!
Sempre gosto muuuuuito de te ler, minha amiga!
Bj grande
Lindo, Úrsula!
ResponderExcluirDemais!
O corpo do dia esticado no varal dos olhos...
Que imagem!
Bravo!
Enorme abraço.
Lindo!!! Os três últimos versos são maravilhosos! Bjinhos!
ResponderExcluirEXCELENTE!
ResponderExcluir'de longe a noite espia" . São sempre esses versos que mais me cativam.
Beijos, poetisa!
Mirze
Agradeço com afeto cada demonstração de carinho por meio das palavras aqui postadas. Um abraço a cada amigo e amiga.
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