terça-feira, 31 de agosto de 2010

* O que é preciso saber *

foto : libélula
por : Alberto Maia


o que há sob as luvas
dissolve um deserto
umidifica um rio sedento
sustenta o peso do mundo

o silêncio verde
da mariposa
cobre jardins
de um mistério profundo

há lágrimas no interior
de rochas calcárias
basta uma gota de chuva
para banhar a pétala

não é preciso morrer
para se alcançar
estado de graça
bem o sabe a libélula

Úrsula Avner

* poesia inspirada no poema " Uma didática da invenção " de Manoel de Barros

18 comentários:

  1. sábia poesia! bem sabe a libélula que é preciso voar em estado de graça! :)

    Beijos

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  2. Vc falando de libélulas... e o efeito borboleta foi o que pensei ao ler sua poesia que fala das miudezas que abalam um todo.

    Beijos.

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  3. Não é preciso morrer... mesmo! Basta passar por aqui. Sou toda asas, toda graça! Bjos!

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  4. Sábia libélula, em sua sutileza alça voo causando inveja em sua graça...

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  5. Úrsula!

    Quando comecei a leitura, já pensei em Manoel de Barros!

    Maravilhoso poema!

    Beijos

    Mirze

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  6. inspiradíssimo, diria eu. maravilha

    beijo

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  7. da silêncio verde ao estado de graça alcançado, quanta imagem povoa o poema!

    Abraços!

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  8. A fragilidade da libelinha unida à força das palavras.
    Um beijo.

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  9. Lindíssimos os seus versos, Úrsula!
    Matéria-prima próxima e um resultado grandioso!
    Encantou-me...
    Enorme abraço, querida!!!

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  10. Olá Úrsula!
    Sempre acreditei que a amizade não se deve agradecer mas sim desfrutar, por isso fiz o poema dedicado à nossa querida Regina. Obrigado pela visita e pelo comentário deixado.
    Beijo luso.

    p.s. estou devendo umas visitas aqui.

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  11. Que bom te encontrar no alma. Que bom poder receber tua atenção. Uma poeta da sua qualidade me faz ficar cheio de orgulho apenas por ser teu amigo.
    Beijo

    Rangel

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  12. Os meus ouvidos ficaram aguçados ao ler o seu poema.
    Excelente, querida amiga.
    Um beijo.

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  13. Oi poetisa, tem selos de presente pra você nos meus blogs
    palavrasnosventos.blogspot.com
    haikainosventos.blogspot.com

    beijos

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  14. Borboletas em meu interior, foi o que senti a começar a ler-te, poema com asas, carrega-nos da vontade de viver, para continuar pelo vale das poesias a voar.E chegando ao final, a libélula, pensei: Eis a razão de estar aqui, tenho mesmo que alçar voou, vivendo, e de toda a poesia sorvendo.

    Abraços no coração!

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  15. Queridos amigos e amigas que com carinho postaram aqui seu comentário. Agradeço cada palavra. Um abraço afetusoso a todos.

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  16. Tão belo, tão sonoro... inspira-me!

    Beijo nas asas.

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  17. Belíssimo! Concordo com a observação acima acerca da sonoridade também. Legal saber da inspiração em Manoel de Barros, um poeta de cuja obra pretendo ficar mais íntimo, conheço pouco dele. Dizem que o documentário sobre ele, "Só dez por cento é mentira", é ótimo. Há, contudo, uma frase dele que conheço e acho sensacional: "Hoje uma palavra abriu o roupão pra mim, vi tudo dela."

    Um abraço!

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