foto : libélula
por : Alberto Maia
o que há sob as luvas
dissolve um deserto
umidifica um rio sedento
sustenta o peso do mundo
o silêncio verde
da mariposa
cobre jardins
de um mistério profundo
há lágrimas no interior
de rochas calcárias
basta uma gota de chuva
para banhar a pétala
não é preciso morrer
para se alcançar
estado de graça
bem o sabe a libélula
Úrsula Avner
* poesia inspirada no poema " Uma didática da invenção " de Manoel de Barros
sábia poesia! bem sabe a libélula que é preciso voar em estado de graça! :)
ResponderExcluirBeijos
Vc falando de libélulas... e o efeito borboleta foi o que pensei ao ler sua poesia que fala das miudezas que abalam um todo.
ResponderExcluirBeijos.
Não é preciso morrer... mesmo! Basta passar por aqui. Sou toda asas, toda graça! Bjos!
ResponderExcluirSábia libélula, em sua sutileza alça voo causando inveja em sua graça...
ResponderExcluirMuito linda, sem palavras, beijos
ResponderExcluirÚrsula!
ResponderExcluirQuando comecei a leitura, já pensei em Manoel de Barros!
Maravilhoso poema!
Beijos
Mirze
inspiradíssimo, diria eu. maravilha
ResponderExcluirbeijo
da silêncio verde ao estado de graça alcançado, quanta imagem povoa o poema!
ResponderExcluirAbraços!
A fragilidade da libelinha unida à força das palavras.
ResponderExcluirUm beijo.
Lindíssimos os seus versos, Úrsula!
ResponderExcluirMatéria-prima próxima e um resultado grandioso!
Encantou-me...
Enorme abraço, querida!!!
Olá Úrsula!
ResponderExcluirSempre acreditei que a amizade não se deve agradecer mas sim desfrutar, por isso fiz o poema dedicado à nossa querida Regina. Obrigado pela visita e pelo comentário deixado.
Beijo luso.
p.s. estou devendo umas visitas aqui.
Que bom te encontrar no alma. Que bom poder receber tua atenção. Uma poeta da sua qualidade me faz ficar cheio de orgulho apenas por ser teu amigo.
ResponderExcluirBeijo
Rangel
Os meus ouvidos ficaram aguçados ao ler o seu poema.
ResponderExcluirExcelente, querida amiga.
Um beijo.
Oi poetisa, tem selos de presente pra você nos meus blogs
ResponderExcluirpalavrasnosventos.blogspot.com
haikainosventos.blogspot.com
beijos
Borboletas em meu interior, foi o que senti a começar a ler-te, poema com asas, carrega-nos da vontade de viver, para continuar pelo vale das poesias a voar.E chegando ao final, a libélula, pensei: Eis a razão de estar aqui, tenho mesmo que alçar voou, vivendo, e de toda a poesia sorvendo.
ResponderExcluirAbraços no coração!
Queridos amigos e amigas que com carinho postaram aqui seu comentário. Agradeço cada palavra. Um abraço afetusoso a todos.
ResponderExcluirTão belo, tão sonoro... inspira-me!
ResponderExcluirBeijo nas asas.
Belíssimo! Concordo com a observação acima acerca da sonoridade também. Legal saber da inspiração em Manoel de Barros, um poeta de cuja obra pretendo ficar mais íntimo, conheço pouco dele. Dizem que o documentário sobre ele, "Só dez por cento é mentira", é ótimo. Há, contudo, uma frase dele que conheço e acho sensacional: "Hoje uma palavra abriu o roupão pra mim, vi tudo dela."
ResponderExcluirUm abraço!