sexta-feira, 25 de junho de 2010

* A palavra e o poeta *




consternada me via

soube que chorava

na sua (in)sanidade não se atrevia

a sair tresloucada


aguardava serena o momento certo

mergulhada em si mesma noite e dia

olhava-me com fervor bem de perto

mas era o silêncio seu guia


gotejava luz e minguava

tal qual estrela fria

e a lua no céu que acenava

no seu corpo o instante luzia


Ah bendita que chega de repente

junta-se a outras cúmplices e baila acalorada

na folha de papel respira contente

tece versos onde não cabe mais nada


Úrsula Avner


* imagem do google sem infomação de autoria

20 comentários:

  1. É exatamente desta sua sensibilidade e delicadeza que sempre falo. Úrsula, seus versos devem ser lidos com cuidado, eles merecem carinho, pois nos afagam.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. É, menina... quando penso que você extravasou prova-me que não tem limites. Bravo!

    ResponderExcluir
  3. Concordo com a Lara...sempre fico com medo de comentar aqui...sempre acho que meus comentários não estão a sua altura...

    Belíssimo escrito...

    abraço

    ResponderExcluir
  4. Úrsula, minha amiga,

    LIndíssimo!

    Nesse profundo mergulho da alma, alguns versos e mais nada. Esse é o momento da inspiração.
    BJs e bom fds

    ResponderExcluir
  5. Belo poema, Úrsula.
    A Lara bem falou sobre a beleza de sua poética: contêm imagística e esmero, como as asas de uma borboleta.

    A última safra de poemas está excelente.
    Parabéns!

    Beijo,
    H.F.

    ResponderExcluir
  6. Aguardar o momento certo é um indício de sabedoria, Úrsula.

    Um beijo.

    ResponderExcluir
  7. Adoro vir aqui te ler porque a doçura dos seus versos fica ainda melhor acompanhada dessa playlist tão melódica.

    Sucesso sempre querida!

    ResponderExcluir
  8. Lara,

    é sempre muito gratificante receber sua visita e palavras tão amáveis... Obrigada por todo o carinho e valorização do meu trabalho. Bj ;

    Lice,

    Você é minha irmã das letras como outras poetisas que conheço e que trazem nas veias a sensibilidade poética. Obrigada pelo carinho sempre presente.

    Juan,

    Não tenha receio de comentar o que escrevo, pois o que escrevo não me pertence e a opinião de cada leitor (a)é de grande importância para o aprimoramento do meu trabalho. Grande abraço.

    Ira querida,

    é sempre um prazer receber sua amável visita e comentário tão gentil. Sabe da minha admiração por ti. Bj .

    ResponderExcluir
  9. Hercília,

    Que bom quando me visitas e traz teu olhar crítico, profissional e amoroso sobre o trabalho realizado. Obrigada pelo carinho e incentivo. Bj;

    Dade,

    Agradeço sua visita e saiba que suas palavras frequentemente traduzem o sentido daquilo que escrevo. Bj ;

    Kenia Cris,

    Gsto muito de te visitar também e admiro seu trabalho que ainda nos permite aprender mais sobre a poesia na língua inglesa. Obrigada pelo carinho. Bj.

    ResponderExcluir
  10. Ursula

    As palavras servem também para matar saudades
    gostei de a ver no meu cantinho
    e gostei de ler aqui boa poesia.


    um beijo

    ResponderExcluir
  11. Úrsula, aprendi que poesia é escrita para ser lida pela alma. Amei a última estrofe...a gente sempre pode ir além, quando parece que não existe mais lugar pra caminhar...lindo de viver!!

    Desejo um maravilhoso domingo pra vc!
    Bjos

    ResponderExcluir
  12. Úrsula

    Bendita poesia que morre quando sai das nossas mãos para viver contente no papel! Respira nas milhares de interpretações que cada leitor lhe dá!




    Lindas reflexões sobre o binômio poeta/palavras. Venho do "Entre Linhas e Olhares! Tudo belo, como sempre!

    Bj carinhoso pra ti

    ResponderExcluir
  13. Inspirado, belíssimo...

    Gosto desta metapoesia em que os versos são repletos de conteúdo, por isso "versos onde não cabe mais nada".

    L.B.

    ResponderExcluir
  14. É assim a poesia!
    Nunca se anuncia,
    vem sempre sem aviso.
    E enquanto durar essa mudez
    o poeta é um inquieto catavento
    que no seu constante movimento
    sabe que a palavra
    há-de vir... no seu momento!

    Um abraço, Úrsula!
    AL

    ResponderExcluir
  15. Úrsula,
    adoro sua poesias!!
    vou para outros caminhos junto delas.
    lindo domingo.
    bjos.

    ResponderExcluir
  16. Úrsula,

    Belíssimo verso...comovente!!!Meus parabéns!
    Tomei a liberdade de salvá-lo e levar comigo para posterior postagem em meu Blog Verso & Prosa, se me permite...

    Um grande beijo...boa semana!!!

    Reggina Moon

    ResponderExcluir
  17. Lindo poema, Úrsula!

    Acho que a palavra às vezes faz manha por isso silencia. Mesmo assim surge um poema lindo deste.

    Parabéns, amiga e poetisa!

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir
  18. Lili e Denise,

    Obrigada pelo carinho da visita e gentil comentário. Bj ;

    Wania,

    É sempre rico e gratificante ler seus comentários. Bj carinhoso ;

    Lídia e Albino,

    Agradeço a amável visita e palavras gentis. Grande abraço aos dois.

    Úrsula

    ResponderExcluir
  19. Oi minha amiga loira,

    Fico feliz em saber que aprecia meus poemas que também são seus e de quem mais desejá-los. Bj grande ;

    Oi Regina,

    Que bom que gostou do poema! É claro que pode levá-lo para postagem em seu blog... Bj ;

    Querida Mirze,

    Seus comentários são sempre amorosos e incentivadores. Obrigada pelo carinho de sempre.

    Úrsula

    ResponderExcluir