Bem que eu te disse
Clarice
há sonhos deitados
em relva orvalhada
escorre seiva do desejo
antes do amanhecer
um canto de estrela
o jardim florido
Vejo-te
reluzente e só
Úrsula Avner
* imagem do google sem informação de autoria
* homenagem singela á grande escritora Clarice Lispector
Belissimo, parabens amiga Ursula
ResponderExcluirBeijinho
Homenagear Clarice!
ResponderExcluirLindo demais, Úrsula!
"Vejo-te reluzente e só" Bem que eu te disse, Clarice!
Belo jogo entre o passado e o presente de uma poetisa que pensa e pronuncia aos ventos essa bela mensagem!
Parabéns, amiga!
Beijos
Mirze
Me levou às nuvens...
ResponderExcluirBela, bela !
Uma escrita sensível e forte para uma poeta que também era assim.
ResponderExcluirBeijo!
Me desculpa pelos inconvinientes no Rembrandt...
ResponderExcluirVou procurar resolver os mesmos!
abraço
singela e bela como a escrita de Clarice,
ResponderExcluirabraço
Maravilhoso! Tudo a ver com ela. Parabéns, Úrsula. Beijo.
ResponderExcluirTerceiro Cálice
ResponderExcluirA Deus Arina escutou meus pedidos mais íntimos e profundos
E o delta de fogo me verte nas veias teu silêncio incandescente
Sagra-me aedo dos rituais do amplexo entre o Sol e os mundos
Entre a história e a ficção, entre o imaginado e o ainda existente
Já se esculpe a muralha do futuro em seus devires vagabundos,
Qual gesto de lírio entre as caiadas frias arcadas dos claustros
Eclode o senso da pétala azul e lilás a ocultar-se na coluna plena
Se fecha como biombo ou luminescente leque de vivos astros
A esconder tão-só a luz da luz que há da razão na manhã serena.
Ninguém saberá nunca até onde alcançará o licor nosso segredo
Até onde, a que reino chegará esta soletração arisca da regra alva
Nem, muito menos, que significa isso de dizer o amor sem medo
A crepitar polposa flor-de-cera como em verde veludo da malva.
Clarice deve estar dando pulos de alegria...esteja ela onde estiver!!!!
ResponderExcluirÚrsula,
ResponderExcluirlindeza de poema....vc definiu bem.Clarice era pura luz ,mas só.
oi amiga,
ResponderExcluirsaudades de você!!
lindo clarice!
bela definição...
lindo final de semana...
volto na segunda-feira.
bjos com carinho.
Olaaaaaaaaa
ResponderExcluirvim aqui te visitar
saudades de estar aqui lendo essas poesias lindas
sempre um bálsamo !!
um abraço carinhoso
Lilian
Ursula,que bela e terna poesia em homenagem a Clarice!Parabéns,amiga!Ficou demais!Bjs,
ResponderExcluirComo é gostoso receber o carinho dos amigos e amigas... Agradeço cada palavra aqui postada. Bj a cada um (a) que me visitou.
ResponderExcluirLinda homenagem, Úrsula
ResponderExcluirClarice, estrela solitária, mas que brilha por muitas!
Bjs
Carinho que mereces e muito valorizas...
ResponderExcluirSétimo Cálice
Só pode haver uma lenda, um fado, um mito
Aonde esteja o nosso destino traçado,
Repondo fundamento no mundo, em que acredito
Até podermos ter o futuro alado, dez vezes escrito
Há muito, no mais profundo e recôndito passado.
Sucedem-se aqui raras ampulhetas vistosas, sãs, originais, habitáculos
Acesos e reincidentes ateando sinais de leda esperança na soleira
Átrio reduto das aves seculares arroteando registos auríferos à beira-
Seiva das algas em regras aquilinas da sensatez afecta aos cenáculos
Cujas águas ardentes reflectem as aspirações supremas desta videira
Em que me enrolo e enleio no esteio do teu jeito, teu querer e maneira.
Altivo rogo acerto sumário antes da resoluta aurora tecer seu manto
Violeta e dourado de sangue aguado no rosário austero da tua sede,
E assim resumido na ara sagrada aprendo o refrão do aliado encanto
Que há em ver-te, ardendo metade de mim, a florescer noutro tanto
Como quem se mede no quanto acede aos reais anseios de submissão
Sabendo ainda reconhecer alianças remanescentes dos antigos sonhos
Águas, resoluções ardentes de selar harmonias no jardim da promissão
Atalhos simétricos de alinhavar rotas ancestrais do rumo adepto ao ser
Ponto na ponte os sinais acordes a rescrever álgebra rima da alva sina
Ao ritmo ainda sufixo do viver em cada crer que o sonhar nos ensina
A querer até conseguir, neste chegar gerúndio, ao ficar que domina ver
Porquanto estar é ser, e ser um sendo, crescendo a par da suma razão:
Tu, gritada no meu silêncio, ecoas e bates veloz[da]mente ao coração
Qual anel refeito na angústia sofrida como se nunca a houvera dito
Ou tida, arte da resiliência aprontar soluções antes e reparar acontecer
Antídotos e anestesias reais para a dor e mágoa, ainda antes do doer.
Então, cruzo os braços sobre meus próprios ombros afoitos, secos, nus
E nesse amplexo um realejo amplia sonoros ritmos para antigos rituais
Que onde se fundem os ecos profundos pelos mais do que outros, uns
Esses serão os teus, que ao cingir nos meus, os confundi seus iguais
Por não haver outros que lhe caibam e saibam amparar como nenhuns
Porém mais, muitas vezes, por sinal, multiplicado muitas vezes mais.