algo acontece
quando os talheres tinem
pratos se estranham
na mesa posta
não é ao acaso
que flores esperam
em jarro de água fria
silenciosas inertes
apenas observam
os espasmos do dia
aquilo que de outro modo
não vivenciariam
agarra-se á áurea do cotidiano
lamento das horas
os mesmos gestos
as mesmas palavras
cirandam a mesa
os mesmos ritos
as mesmas risadas
pães dormidos na cesta
Úrsula Avner
Obrigada por sua visita e comentário !
inspiradíssimo,
ResponderExcluirlembrou também uma canção do Belchior chamada Na hora do almoço:
"no centro da sala diante da mesa, no fundo do prato comida e tristeza, a gente se olha, se toca e se cala, e se desentende no instante em fala",
abraço
A simbologia da mesa, é forte e representa muito.
ResponderExcluirSua poesia e lirismo deixou mais bonita, como se embrulhada em papel de seda esses rotineiros rituais, nem sempre alegres como deveriam.
Parabéns! Belíssimo!
Beijos
Mirze
Que lindo!
ResponderExcluirLembrei também "naquela mesa" e que texto completo.
Amo seu espaço, e essa música suave poetisa. Úrsula.
Beijos de luz.
Goretti
Poema inspirado na fome do corpo e da alma.
ResponderExcluirUm beijo.
A rotina, quando cansa, é sentida nos utensílios, nos cantos mudos da casa. Sua poesia acendeu para espantar toda monotonia.
ResponderExcluirBeijo.
Que lindo cotidiano em versos...
ResponderExcluirOs dias são os mesmos e sempre novos...
Cada manhã tem um sabor diferente da outra, embora o pão continue sendo feito do trigo...
Encantada.
Um beijo grande!
Tenha uma linda semana!
Milla
Poesia encantadora e significados profundos...
ResponderExcluirParabéns pelo blog, é lindo e a música chega a dar vontade de escrever, de tão inspiradora!
Abraços e bjos de luz
Grandes poemas! Belos encontros!
ResponderExcluirFelicidades!
Eu adoro Lya Luft
ResponderExcluirAdorei seu blog e por isso vou te seguir
Q vc tenha uma linda tarde
Beijos na alma!
Obrigada a cada amigo e amiga que deixou registrado aqui no meu cantinho seu carinho em forma de palavras. Um abraço amigo a todos.
ResponderExcluirÚrsula