imagem : Patícia Van Lubeck
de tudo o que se pode guardar
guarde o silêncio
objetos são perecíveis
palavras... dispensáveis
o silêncio é enfático e duradouro
ainda que por alguns instantes
a reflexão é do silêncio
o ancoradouro
fere com estacas pontiagudas
a alma das palavras
serpenteia como lâminas cortantes
o silêncio é grilo falante
quando se colhe sentimentos
filho da verborragia
corta o ar como uma cotovia
nos versos da poesia
o silêncio é chama intrépida
travestido de palavras em seda fria
som estrepitoso
ecoa solitário
nas cavernas da mente
entre palavras e palavras
a pausa colossal do silêncio
é brado veemente
lacuna onde se deita
o que não é dito
ou dito de modo surpreendente
no suspiro abafado
no canto dos olhos
no sorriso embotado
brada o silêncio
o que os pulmões condensam
revela o que os seres
mais sensíveis pensam
faz imenso barulho em mim
é começo e é o fim
Úrsula Avner
* Obrigada pela gentileza de sua visita e comentário.
Lindo amiga ùrsula, sudades, olha estarei de viagem amanhã passarei as férias com Alice em Goiás, ore por nós, pois vou de ônibus e tenho um medoooooooooooooooo, bjsssssssssss
ResponderExcluirLindo Úrsula! O silêncio é tão necessário mas, muitas vezes não sabemos o momento de calar.
ResponderExcluirTEnha bom fds, bjo.
ola
ResponderExcluirquerida muito amavel
adorei seu blog estou te seguindo se quiser siga-me
mil beijinhos
Só quem entende o silêncio para tocar com palavras assim. Bravo, Úrsula!
ResponderExcluirBeijos.
O silêncio é mestre. Ando num período de aulas intensivas com ele. Mestre rigoroso, mas tão sábio e generoso. beijo, querida.
ResponderExcluirBravíssimo, Úrsula!
ResponderExcluirEntendo de silêncios, mas ele está num pedestal, através de sua Bela poesia.
Beijos
Mirze
Tu estás em mim como eu estive no berço
ResponderExcluircomo a árvore sob a sua crosta
como o navio no fundo do mar
Mário Cesariny
ùrsula,
ResponderExcluirteu poema me calou fundo, tem muito a ver com o meu momento...guardo o silêncio com suspiros.
Agradeço demais a força nesse período difícil pra mim.
bj, querida.
Ô, Úrsula... Que vontade de te abraçar bem forte e te agradecer por este poema tão maravilhoso... Te admiro demais! Felicidades...
ResponderExcluirUM BELO POEMA, URSULA.
ResponderExcluirPARABÉNS !
O SILENCIO , POR VEZES É COMUNICATIVO ...
E A VERBORRAGIA, É VAZIA .
BJS
Olha, Úrsula, confesso não ter tido muito tempo para visitar os blogs, infelizmente, inclusive o seu.
ResponderExcluirSua poesia me fez refletir sobre a perda que vinha tendo.
Ela me tocou e comoveu deveras.
Obrigada. Um beijo.
Olá amiga, tem um selo de presente pra você no blog abaixo
ResponderExcluirhttp://haikainosventos.blogspot.com
O silêncio é algo muito misterioso e às vezes tão claro! Lindíssimo seu poema...beijo.
ResponderExcluirÚrsula
ResponderExcluirO silêncio sempre me falou alto, tão alto que, as vezes, dói!
Linda a tua poesia, me deixou em silêncio!
Bjão, minha amiga!
O silêncio é gritante, e teus dedos, diamantes.
ResponderExcluirBeijos, Úrsula!
Queridos amigos e amigas, não tenho palavras para agradecer cada gesto e palavra de carinho, incentivo e vida que li em cada comentário feito. Deixo-vos meu silêncio cheio de carinho por cada um (a). Grande abraço a todos.
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