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Hoje estou no Maria Clara: Simplesmente Poesia.. Clique aqui para ler o poema. Um abraço a todos e todas.
Úrsula Avner
domingo, 29 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
* Intenso *
fonte da imagem : Google
despenque sobre minha cabeça
todo azul do céu
que me abrace o anil
o turqueza o petróleo
todos os tons de azul
todo azul em mil tons
fugiu do mar
do teu olhar
da tela do artista
o azul que não me sai da vista
Úrsula Avner
despenque sobre minha cabeça
todo azul do céu
que me abrace o anil
o turqueza o petróleo
todos os tons de azul
todo azul em mil tons
fugiu do mar
do teu olhar
da tela do artista
o azul que não me sai da vista
Úrsula Avner
segunda-feira, 23 de maio de 2011
* sem medida *
escrever é caminho
sem volta
beco sem saída
onda desmaiada na areia
sem socorro sem guarida
falo do que me encanta
e do que me assombra
mas o que me assombra
também me encanta
na linha paradoxal
dos sentimentos
nascem os poemas
ávidos sedentos
cenas obscenas
desabafos lamentos
cacos fragmentos
implacáveis dilemas
Úrsula Avner
" escrever é uma pedra lançada no poço fundo" ( Clarice Lispector)
sem volta
beco sem saída
onda desmaiada na areia
sem socorro sem guarida
falo do que me encanta
e do que me assombra
mas o que me assombra
também me encanta
na linha paradoxal
dos sentimentos
nascem os poemas
ávidos sedentos
cenas obscenas
desabafos lamentos
cacos fragmentos
implacáveis dilemas
Úrsula Avner
" escrever é uma pedra lançada no poço fundo" ( Clarice Lispector)
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sexta-feira, 20 de maio de 2011
* Anoitecendo* ( segundo canto)
tela: Duy Huynh
o corpo do dia
esticado
no varal dos olhos
se o orvalho
transcendesse
a gota
seria dilúvio
não caberia
em meus olhos
calejados de ver
a face do mundo
do mudo
do que é fundo
e não transborda
de longe
a noite espia
se estrelas cantassem
em coro afinado
embalariam meu
sono caloso
macerado
fadigado
amofinado
vem o clarão da noite
em pele fina
e ainda é dia
Úrsula Avner
o corpo do dia
esticado
no varal dos olhos
se o orvalho
transcendesse
a gota
seria dilúvio
não caberia
em meus olhos
calejados de ver
a face do mundo
do mudo
do que é fundo
e não transborda
de longe
a noite espia
se estrelas cantassem
em coro afinado
embalariam meu
sono caloso
macerado
fadigado
amofinado
vem o clarão da noite
em pele fina
e ainda é dia
Úrsula Avner
quarta-feira, 18 de maio de 2011
* outro canto de outono *
tela: Duy Huynh
voei na asa
de um pássaro
fosse talvez
um anjo
levou-me
á casa dos ventos
lançou-me
olhos atentos:
de outros tempos
de outra ordem
é o mistério que
aqui conto
e quem conta
aumenta um ponto
Úrsula Avner
voei na asa
de um pássaro
fosse talvez
um anjo
levou-me
á casa dos ventos
lançou-me
olhos atentos:
de outros tempos
de outra ordem
é o mistério que
aqui conto
e quem conta
aumenta um ponto
Úrsula Avner
sábado, 14 de maio de 2011
* (des)conexão*
tela: anjo torto
autora: Gabriela Boechat
a cor do desencanto
é mar ouriçado
em dia de chuva
azul fraquejado
pálido magro
em gris bordado
versos espocam
sem rima
sem ritmo
sem nexo
aqui e ali
amontoam-se
palavras
sem léxico
o dia faz curva
ao largo
do pensamento
um poema diz
o que quer dizer
até o último alento
Úrsula Avner
autora: Gabriela Boechat
a cor do desencanto
é mar ouriçado
em dia de chuva
azul fraquejado
pálido magro
em gris bordado
versos espocam
sem rima
sem ritmo
sem nexo
aqui e ali
amontoam-se
palavras
sem léxico
o dia faz curva
ao largo
do pensamento
um poema diz
o que quer dizer
até o último alento
Úrsula Avner
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quarta-feira, 11 de maio de 2011
* No fim do dia *
fonte da imagem : Google
sombra
derramada na calçada
agoniza
pálida desavisada
tomba a noite
feito cascata
em pedra firme
vem em canção
de açoite
porque anoitecer
é parto
dor e deslumbramento
eis que parto
não sei pra onde
sobre mim
deita o firmamento
Úrsula Avner
Oi Jacqueline Rolim, você deixou um comentário muito amável nesta postagem mas sem querer eu o exclui. Se puder postá-lo novamente agradeço muito. Bj.
sombra
derramada na calçada
agoniza
pálida desavisada
tomba a noite
feito cascata
em pedra firme
vem em canção
de açoite
porque anoitecer
é parto
dor e deslumbramento
eis que parto
não sei pra onde
sobre mim
deita o firmamento
Úrsula Avner
Oi Jacqueline Rolim, você deixou um comentário muito amável nesta postagem mas sem querer eu o exclui. Se puder postá-lo novamente agradeço muito. Bj.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
puzzle
chegou o fim
talvez
já tivesse chegado
antes mesmo do começo
vida ao avesso
pulsa o que está
adormecido
e o que despertou
deveria estar mudo
perderam-se as peças
do quebra-cabeça
ou simplesmente
não se encaixam mais
sementes ainda brotam
porque a terra é fértil
enquanto se dorme
delira um vulcão
há contrito silêncio
antes da erupção
Úrsula Avner
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talvez
já tivesse chegado
antes mesmo do começo
vida ao avesso
pulsa o que está
adormecido
e o que despertou
deveria estar mudo
perderam-se as peças
do quebra-cabeça
ou simplesmente
não se encaixam mais
sementes ainda brotam
porque a terra é fértil
enquanto se dorme
delira um vulcão
há contrito silêncio
antes da erupção
Úrsula Avner
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sábado, 7 de maio de 2011
* Feito amor de mãe *
fonte da imagem : Google- sem informação de autoria
horizonte aberto
á minha frente
braços robustos
escancarados
traz assombro
não é a amplitude
que me aflige
é o que ela esconde
contemplo o que
sobrou do sol
de manhã era conde
ao fim da tarde
servo sem dono
sem identidade
sem fonte
não sabe viver
sem o colo maternal
do horizonte
Úrsula Avner
horizonte aberto
á minha frente
braços robustos
escancarados
traz assombro
não é a amplitude
que me aflige
é o que ela esconde
contemplo o que
sobrou do sol
de manhã era conde
ao fim da tarde
servo sem dono
sem identidade
sem fonte
não sabe viver
sem o colo maternal
do horizonte
Úrsula Avner
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quarta-feira, 4 de maio de 2011
* Canção que vem de dentro *
tela : aurora- Gabriela Boechat
encostei o ouvido
na parede do tempo
quis ficar lá
como quem marca
o assento
com o próprio suor
silhueta desenhada com sal
ouvi o sussurro
das conchas do mar
o lamento das ondas
impresso no olhar
do dia
do acaso
do sentimento
Úrsula Avner
encostei o ouvido
na parede do tempo
quis ficar lá
como quem marca
o assento
com o próprio suor
silhueta desenhada com sal
ouvi o sussurro
das conchas do mar
o lamento das ondas
impresso no olhar
do dia
do acaso
do sentimento
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segunda-feira, 2 de maio de 2011
* Tear *
Tela: Maurício Barbosa
Hoje estou no Maria Clara: Simplesmente Poesia... Clique aqui para ler o poema " tear " ...
Obrigada por sua visita e comentário. Abraço afetuoso !
Úrsula Avner
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