terça-feira, 29 de dezembro de 2009
* Vida / tempo *
domingo, 27 de dezembro de 2009
* De volta á velha casa ( Soneto)
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
* Mensagem de renovação *
tela : René Magritte
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
* Por um instante *
emudece estrelas falantes
corpo nu no túmulo
apregoa o vazio do instante
tempo parado no tempo
asas decepadas
No jardim
de súbito
um bem-te-vi
corta o silêncio
bem te vi
espiar meus desejos
por um vão insolente
daquele céu
em negrume esponjoso
condensado como mel
fluido e pegajoso
Úrsula Avner
* imagem disponível no google
* poema com registro de autoria
sábado, 19 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
* Sentimentos de rosa *
quem sabe da melancolia da rosa
que solitária cresce no vaso ou no campo ?
Quem vê seus espinhos brotarem
tatuando sua carne ?
Acaso há espanto quando desfolhada
a rosa geme ?
Quem conhece seu silêncio orvalhado ?
Quem teme
tocar sua pele com cuidado
sem a lixa das mãos ?
Quem já ouviu as batidas do seu coração ?
Se o cravo brigou com a rosa
em desalento
não foi essa a razão
do seu desfalecimento
Não é o cravo seu algoz
é quem não lhe reconhece a voz
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem disponível no google sem informação de autoria
domingo, 13 de dezembro de 2009
* Quem a vê ...não a sabe
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
* Breve companhia *
lépido sem despedida
do meu regaço fugiste
deixaste-me
solitário e triste
gotejando a dor da partida
Quisera aninhar-te
em meu colo
afagá-lo em minhas mãos
só mais um instante
contemplar o silêncio
de tuas asas
o pulsar galopante
do teu coração
sentir tua respiração
ofegante
Invejo tua liberdade
que em mostrar-me insiste
o quanto sou chão
em mim subsiste
a lembrança da tua canção
serena e incisiva
abaulando no peito
segredos inescrutáveis da vida
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* Imagem do google
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
* No chão *
arrasta móvel
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
* No balanço do silêncio *
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
* Mera contemplação *
cabelos desfibrados
emolduram-se ao vento
mulher solidão
olhos no céu plantados
face de quem dribla o tempo
tempo para
tempo escoa
tempo corre
tempo voa
mulher dorme
no berço do tempo
vida escorre
onde perdeu-se o lamento
Úrsula Avner
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
* Na hora zero *
não me fustigará
o sol do meio dia
não se inclinará
meu corpo
ao cansaço das horas
não verei
os vincos da dor
ou os espinhos da injustiça
não terei por companhia
sombras encarceradas
não ouvirei ruflar
algum tambor
a guerra é uma sucessão de erros
não sabe do contorcionismo da ostra
quando germina a pérola
na hora zero
nenhum movimento
somente o eco cavernoso
do insolvente silêncio
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google
terça-feira, 24 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
*(De) lírio *
de folhas secas
não vi estrelas no céu
tudo tão escuro misterioso
como no interior da traqueia
ou num beijo de língua
que fermenta a espuma nas bocas
só a saliva do desejo é cristalina
de olhos cerrados vi
um vestido cor de prata
talvez fosse rosa chá
pequeno ponto de luz
na negritude
barulho algum
a não ser
a sonoridade seca
das folhas copulando
ao vento
(de)lírio
só soube daquele
bordado no vestido
pela manhã
há de orvalhar poesia
em vestes de seda
depois de romper
o silêncio insondável
da placenta
fórceps ao avesso
Úrsula Avner
* imagem do google
* poesia com registro de autoria
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
* Simplesmente azul *
tem poesia de minha autoria postada no Maria Clara Simples mente poesia. Clique no link abaixo para conferir. Obrigada por sua visita e apreciação.
http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/
sábado, 14 de novembro de 2009
* Perplexidade *
tonicidade no olhar
borboleta tonta paira
beija a corola de uma dália
flor dadivosa
menina manhosa
drapeja até o engulho
repele a borboleta com orgulho
há uma força oculta
no seio da pétala
não propalada pela boca
que a reprime
percebida porém pelo olhar
que a resume
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google- sem informação de autoria
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
* dobradinha poética *
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
* depois da tempestade *
desejos encharcados
* poema com registro de autoria
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
* Quando amanhece em mim *
Quando em mim amanhece
sereno é o fôlego da reflexão
que meus sentimentos aquece
salpicado de luz pulsa o coração
vontades e segredos destelhados
são como o sol em céu crepuscular
vago pelas vigas dos meus sobrados
desponta alvorada no olhar
nas trilhas que o destino esculpiu
não sei o quanto de mim ficou
cimentado nas lacunas do tempo
e o quanto de mim encontrou
liberdade nas espirais do vento
não sei na inteireza
o que do meu ser fluiu
sei apenas que
quando amanhece em mim
flores aromáticas espocam na alma
borboletas coloridas bailam
com admirável elegância e calma
Úrsula Avner
* imagem do Google- sem informação de autoria
* poema com registro de autoria
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
* Pescaria *
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
* Vivo *
( vincada )
á flor do riso
( alucinado)
á flor do toque
( desalmado)
na pele da escrita
no riso da pena
no toque da poesia
noite e dia
Úrsula Avner
* imagem do Google- sem informação de autoria
sábado, 24 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
* Vozes na escuridão *
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
* Convite *
Caros (as) visitantes, hoje tem poema de minha autoria postado no Maria Clara simples mente poesia. Convido -os (as) a descobrirem o motivo da imagem acima ter sido postada, clikando aqui : http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/
Um abraço afetuoso a todos e obrigada pelo carinho !
Úrsula Avner
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
* Átimo *
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
* Imersão *
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
* Tecelagem *
para tecer um poema
é preciso um olhar
sobre o olhar
cruzamento de olhares
olhares em dilema
É preciso o olhar externo
e o olhar de dentro
um olhar passivo e terno
e um olhar que teima
É preciso um olhar
que escapa de si mesmo
contempla o recomeço
em si não carrega adereço
não tem pela finitude apreço
um certo olhar
que gangrena
expõe a ferida
olhar que põe
sobre a cabeça
uma diadema
É preciso um olhar
de quem se despede
de quem acena
de quem vê
o que não está explícito
de quem faz cena
Um olhar
que absorve a vida
como uma antena
em contemplação
frenética ou serena
É preciso mais de um olhar
para tecer um poema
Úrsula Avner
* imagem retirada do Google sem informação de autoria
OBS: O que você vê na imagem postada ? Assim como a imagem acima traz várias imagens sobrepostas, um poema carrega em si vários olhares e possibilidades de interpretação.
Deixo a cada um que me visita alguns dos meus olhares ; meu abraço e agradecimento sincero !
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
* Percurso *
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
* Transcendência *
paisagem estrelar
domingo, 4 de outubro de 2009
* Morte súbita *
forma certeira de me punir
para que eu não descubra
no sal do desejo
forma absoluta de inquirir
e inquirindo
me entregue ao ensejo
e escreva até que o verbo
não mais seja
Úrsula Avner
* imagem disponível no site flickr.com/photos - borboleta morta encontrada no corredor de um dos prédios da T.V Cultura em São Paulo- S.P
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
* Soneto do retorno *
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
* Enfado *
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
* Paisagem *
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
* Brasil em carne viva *
Como me calar diante de tantas atrocidades ?
Vidas clamam nas ruas por dignidade
aquilo de que necessitam não é piedade
mas sim, direitos garantidos, oportunidade
Ouço muitos gemidos
o país adoeceu
fugiu a mãe gentil
dos filhos deste solo
o gigante dorme
em berço esplêndido
sem ter da genitora o colo
O sonho intenso
se transforma
em pesadelo imenso
sem raio vívido
Onde está o céu risonho e límpido ?
Onde há no seio da pátria mais amores ?
O que vejo é uma passarela coberta de cinzas
onde há solene desfile de dores
alguma alegria transitória e débil
dança nas ruas
fixa em cada rosto
máscaras incolores
A verdade é mulher que anda nua
não pode ser ignorada
carne aberta e crua
Fechou-se o riso dos lindos campos floridos
onde estão as margens plácidas do rio da esperança ?
Se houve glória no passado, que paz haverá no futuro ?
No que se transformará o viço da criança ?
Quero acreditar na mudança
mas só vejo o céu escuro
não posso deixar
que arranquem
a minha raiz
ainda choro quando ouço
o hino do meu país
Úrsula Avner
* este texto foi postado no site www.sitedepoesias.com.br/poetas/avner no ano passado ; é um desabafo que o meu senso de justiça me impeliu a registrar.
* a imagem é do Google e desconheço a autoria
Meu sincero agradecimento a todos que me visitam !
terça-feira, 22 de setembro de 2009
* Rutilância *
errei o passo
lânguido frouxo
descuidado
abraçada ao chão
fui andarilha
em notas musicais
sob aparência de clave
andei grávida de cânticos
criei asas de ave
torpor embriaguez
brilho de estrela na tez
supernova
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
NOTA : tem poesia minha postada no
mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com
sábado, 19 de setembro de 2009
* Compasso da queda *
banida
nem sabe de si
nem sabe
que
eu
a
vi
cair
na lentidão da pluma
corpo leve
feito espuma
flutua(nte)
no rastro do instante
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google-não foi informada a autoria
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
* A poesia ] mar aberto [ de Úrsula Avner
Hoje , a querida , talentosa e sensível poetisa, professora e amiga Hercília Fernandes elaborou uma rica apreciação literária sobre o meu trabalho poético no blog NOVIDADES & VELHARIAS onde ela homenageia várias poetisas e poetas da blogosfera. Deixo aqui o convite para que visitem o blog . Obrigada pelo carinho de sua presença em meu cantinho e comentário.
http://novidadesevelharias-fernandeshercilia.blogspot.com/
terça-feira, 15 de setembro de 2009
* Incontinência *
domingo, 13 de setembro de 2009
* Auto-observação *
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
* Sono x Escrita *
domingo, 6 de setembro de 2009
* Silêncio poético *
que avança o mistério
no silente quarto fechado
no céu apagado
na mata desvirginada
na dor embutida
borboleta parou
imóvel ficou
como se fosse
proibido dançar
Qual nada ! ( tola borboleta)
na noite quem faz barulho
é quem não sabe voar
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
* Brev idade *
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
* Des fo lha da *
crescem sonhos
atravessam o caule
sangram em espinhos
embriagam-se do perfume
propalado por pétalas aveludadas
morrem ao som do arranque
em bico de passarinhos
Úrsula Avner
* poesia com registro de autoria
* imagem de autoria não informada- retirada de pesquisa feita no Google imagens
sábado, 29 de agosto de 2009
* Lya Luft no Maria Clara... *
* Canções de Lya Luft *
Tela : Odalisque Reclining on a Divan ( 1827-28 )
Autor : Eugéne Delacroix
Caros (as) amigos (as) e visitantes, hoje postei no quadro " Simplesmente Poesia " do blogger Maria Clara Sim ples mente poesia um belo poema de Lya Luft e uma apreciação teórica sobre o mesmo, á luz da imagem poética retratada na tela do pintor Delacroix, ressaltando também aspectos literários de obras (canções) da autora . Em seguida, apresento uma "Canção para Lya". Convido-vos a conhecerem o quadro e a postagem. Espero que apreciem. Obrigada pelo carinho habitual em meus espaços virtuais. Um abraço a todos.
http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
* Pintura *
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
* Sobre o mundo de dentro *
Quisera esmerilhar
o sono guardado
em nuvens brancas ...
Para continuar lendo a poesia click em
http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/
* Queridos (as) amigos (as) e visitantes , hoje é a minha estréia no blog " Maria Clara Simplesmente Poesia " que reune algumas vozes poéticas femininas da blogosfera. Aguardo a visita de cada um (a) e agradeço o carinho. Um abraço.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
* Minha peregrinação *
onde pensamentos se aconchegam e silenciam
sentimentos se acotovelam como linhas no tear
percorro lugares longínquos que aos poucos se distanciam
Sou peregrina em meus próprios sentimentos
recolho minha estranheza no albergue da emoção
perco-me na lembrança de fulgurantes momentos
afagados pelo pulsar das veias do coração
Úrsula Avner
* poesia com registro de autoria