tela : Salvador Dali
da avidez pluvial
o que fica
desenha poliedros na calçada
desejos encharcados
já não respondem
ao apelo visceral
há delírio na estrada
palavras são pêndulos
instáveis
ávidas e alucinadas
se moldam
frenesi
cansadas de vagar
se acomodam
cheias de si
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
Olá Ursula,
ResponderExcluirCada vez que passo aqui fico mais encantada com seus poemas.
Você tem um jeito refinado de dizer o que brota de você.
Carinhosamente,
Dalinha
Esse está entre os meus prediletos!
ResponderExcluirMagnífico, querida amiga.
ResponderExcluirO seu poema está magistral, gostei imenso.
"cansadas de vagar
se acomodam
cheias de si"
Uma excelente imagem poética da bonança.
Bom resto de semana para vc.
Beijos.
"palavras são pêndulos instáveis". E, no entanto, "cansadas de vagar / se acomodam / cheias de si".
ResponderExcluirBela expressão metalinguística. Lindo poema!
Passo, Úrsula, para matar um pouco a saudade, ontem tentei comentar uma de suas escritas, mas a minha conexão estava lenta demais e a sua página não abriu inteiramente.
Um forte abraço, minha amiga. Grata por seu carinho e atenções várias.
Beijos :)
H.F.
Dalinha,
ResponderExcluirmuito obrigada por sua amável visita e comentário. Bj no coração ;
Henrique,
agradeço sua presença frequente em meu espaço poético. Obrigada por sua apreciação, um abraço ;
Nilson,
fiquei lisonjeada com seu comentário tão gentil. Obrigada pelo carinho, grande abraço;
Hercília,
sua presença e comentários sempre ricos em meus espaços, me alegram. Bj e obrigada ;
Marcos,
agradeço o carinho de sua visita e interessante comentário. Um abraço ;
Úrsula
Úrsula
ResponderExcluirPalavras que se acomodam e são imutáveis... e que voce tão bem declara em versos. Vou sempre repetir: parabéns ,poetinha mineira!
Já tem algum livro publicado? procurei no sidebar ,mas nao encontrei, me avise, ok?
meus abraços
Cheguei minha poetiza preferida!!!
ResponderExcluirMas vc está gastando talento heim moça!!!
Barbaridade,rsrsrsr
Lindo muito lindo
Um beijo grande
Vim por estar com saudade... e que gostoso foi ter vindo...rs
ResponderExcluirum beijo
Querida Úrsula sinto falta de suas palavras em meu espaço.
ResponderExcluirPresença !
De quem será a sombra
Que acompanha e faz tremer ?
Não existe timoneiro na alma.
ComCarinho Lúcia amorim
poliedros na calçada é poesia inteira.
ResponderExcluirum beijo.
E que na precipitação
ResponderExcluirsempre chova
a inspiração
Realmente, muito lindo!!!!
ResponderExcluirbjãoooo
Poema de grande beleza, Úrsula!
ResponderExcluirPalavras como pêndulos, palavras cansadas, e palavras que se acomodam!
Parabéns, poeta!
Beijos
Mirse
Úrsula
ResponderExcluirEste teu poema vai raiando depois daquelas tormentas que deixam todo céu gris! Tu sabes como ninguém acomodar as tuas palavras e elas, com certeza, descansam na tua poesia!
Adoro te ler, sempre!
Sol depois da chuva!
Bj carinhoso pra ti.
PS: enquanto te escrevo aqui, recebo no meu e-mail uma mensagem que escreveste um comentário la no meu cantinho... transmissão de pensamento, incrível, não? Sintonias de Almas, a vida tem destas coisas boas...
Úrsula, lindo poema que reflete bem o processo criativo. Adorei. beijo.
ResponderExcluirQuerida Úrsula,
ResponderExcluirGosto desse desenho... um momento de criação, quando as palavras, após grande sofreguidão encontram a paz dos versos e o cansaço é poético.
Lindo, Úrsula!
Bom fds e um bj grande
Adoro passar por aqui, minha alma fica leve e cheia de encantamento.
ResponderExcluirTem um mimo pra você no meu cantinho olhos de esmeraldas, espero que goste.
Bom final de semana.
Um abraço.
Ursula
ResponderExcluirUm beijo e o meu baú
O MEU BAÚ...
Meu baú encantado...
Meu baú bem fechado...
Meu baú que ficou lá...
Mas que eu o imagino cá...
.........
No meu baú...
............
Os meus sonhos...
As minhas vestes...
Os meus brincos...
Os meus laçarotes...
As minhas bonecas...
...........
No meu baú...
.........
Os meus beijos...
Os meus desgostos...
As minhas loucuras...
.......
No meu baú...
.......
Fechado a sete chaves...
Eu olho para longe...
E sei que o meu baú...
É também igual...
A uma caixinha de Pandora...
...
E nada mais...
E não o abro...
Porque quero que o sonho...
Continue...
Perdure para sempre...
E nunca se desfaça...
LILI LARANJO
Agradeço de coração a cada um dos amigos e amigas que aqui deixaram seu comentário. Sorvi cada palavra... que cada um receba meu carinho... Bj, bj.
ResponderExcluirUrsula, poesia linda demais, li as postagens da semana, visitar seu blog é muito gratificante.Feliz domingo.Arnoldo Pimentel
ResponderExcluirùrsula, sempre bom psssar por aqui e ler osteus poemas. um grande beijo.
ResponderExcluirartur gomes
http://poeticasfulinaimicas.blogspot.com