sexta-feira, 9 de outubro de 2009

* Percurso *


deseja o poeta

deixar o verbo solto

sem eira nem beira

a esmo e revolto

em chão árido

ou em voz de cachoeira

mas é na alma

seu cárcere

e na palma

seu fim

sob pedra de mármore



Úrsula Avner


* imagem do Google- não foi informada a autoria

19 comentários:

  1. E a poesia se cristaliza nas mãos de uma poetiza cheia de talento...você.

    Poético abraço do amigo Gilbamar.

    ResponderExcluir
  2. Belo, Úrsula. Lhe parafraseando, sua poesia é encantadora.

    Lindo poema!

    Beijos :)
    H.F.

    ResponderExcluir
  3. Realmente, não há poeta que não queira se vingar de seus poemas, por vezes! O poema não pode ser adulado. Tem que andar com cabresto, ou ficará à deriva, entre um pomar e um penhasco de si mesmo. É essa a lição que se tira dessa sua bela metapoesia... Abraços!

    ResponderExcluir
  4. Oi Úrsula. Lindo teu poema! Lembrei de um que escrevi sobre "verbo". Vou postar.
    Obrigada pelas visitas.
    Beijos perfumados.
    Paola

    ResponderExcluir
  5. Bravoooo!!!!
    Lindo Poema

    "mas é na alma
    seu cárcere
    e na palma
    seu fim
    sob pedra de mármore"

    È sempre na alma, primeiro é na alma, depois....quem sabe onde
    Congratulações
    Bom fim de semana

    ResponderExcluir
  6. Uau, Úrsula...belo e reflexivo poema, gostei especialmente:
    "mas é na alma

    seu cárcere

    e na palma

    seu fim

    sob pedra de mármore" Beijo.

    ResponderExcluir
  7. Tantas vezes a alma quer reter o verso, mas cedo ou tarde, ele se liberta... Que bonito, Úrsula. Beijos.

    ResponderExcluir
  8. hoje deixo para ti o meu vento que é mesmo...um vento especial
    Bom fim de semana

    O VENTO


    Queria ser
    O que queria ser?
    Queria ser vento...
    Para ser livre...
    Para te tocar
    E te abraçar

    E de mansinho
    Chegar-me a ti
    E sussurrar-te
    Como gosto de ti...

    E devagar
    Devagarinho
    Ia-te acariciando
    E tu ias notando
    Que eu estava aí...

    E o vento
    Ia crescendo
    E mesmo com força
    Gostava de o ser...
    Para que visses
    A força que tenho...

    Força do vento
    Vento tufão
    E queria...
    Poder ter-te...
    Sempre na minha mão.

    LILI LARANJO

    ResponderExcluir
  9. Bom dia, Úrsula

    Ahhh, o poeta e suas vozes de cachoeira... belíssimo!

    Adoro vir aqui, a música suave deste teu cantinho me leva para todos os lugares que as tuas palavras me assopram... voo delicioso que por muitas vezes nem tenho vontade de pousar!!!

    Obrigada pela partilha.
    Bj grande pra ti

    ResponderExcluir
  10. Linda poesia Ursula, repleta de inspiração, já sou seguidor do seu blog há algum tempo,gosto muito daqui.Parabéns.Arnoldo Pimentel
    Se puder visite os meus, ficarei muito feliz.
    http://ventosnaprimavera.blogspot.com
    http://haikainosventos.blogspot.com

    Felicidades

    ResponderExcluir
  11. As vezes o poeta é um ser muito impaciente...
    a palavra demora a amadurecer! Mas seus versos são maduros, como fruta da estação.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  12. Uma elegia metapoética... Assim nos sentimos.

    Parabéns, Úrsula!

    ResponderExcluir
  13. Oi, Úrsula!

    Da alma do poeta jorram versos seja em chão árido ou em voz de cachoeira. Como diria Florbela Espanca "ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens."

    Beijo terno,
    Inês

    ResponderExcluir
  14. Parabéns .... lindo blog

    BOM FDS.........M@ria

    ResponderExcluir
  15. Parabéns pelos belíssimos poemas e pelos Blog, Ursula!

    Um forte abraço e que Deus te abençoe!

    Clemente.

    Cia. De Teatro Atemporal.

    Rio de Janeiro - Brasil.

    ResponderExcluir
  16. Querida amiga Úrsula!!!

    Seus poemas continuam a encantar! Saudades de vir aqui e me deleitar com seus belos escritos...

    Muito obrigada de coração, por sua amizade...

    Grande beijo, fique sempre bem!

    ResponderExcluir
  17. Agradecendo sua visita....Volte sempre!

    Seus poemas são encaantos....M@ria

    ResponderExcluir