Florescimento
na voz insone do verbo
oculta flores em cimento
ápteras
lacônica existência
na porosidade da lágrima
desfolhada na aridez do dia
bulicoso estado do ser
intrépido modo de (sobre)viver
O silêncio das pedras
precisa bradar
vociferar o que está guardado
Estagnar pode ser sopro de vida
analgésico, entorpecente
o sal das ondas o sabem
em dias argênteos
ou em noites poluidas
do lacônico viver
Em vales e depressões
alojam-se águas límpidas
nas vísceras, rios vivos
chocalham peixes á margem
dos sonhos
dos desejos
dos arroubos
Bulício no íntimo
Silêncio !
As pedras podem despertar
Úrsula Avner
* imagem do Google- sem informação de autoria
Belíssimo poema querida amiga. Gostei imenso.
ResponderExcluirBom fim de semana.
Beijos.
Olá Ursula
ResponderExcluirtoc ..toc ...toc ...rsrs
Vim aqui beber um pouco da sua poesia.
O blog da Regina , me indicou o caminho.
http://maisondavila.blogspot.com/
Percebi que aqui . Alem de Poesia tem um perfume no Ar.
Eu me pergunto , querendo talvez explicação , porque certos blogs nos passam certo encantamento?
O seu é um deles , minha querida
PARABENS E OBRIGADA !!
Abraço Apertado!!
Bom dia Úrsula,
ResponderExcluir" estagnar pode ser sopro de vida"...talvez lembrança da vida que se deixou ficar em algum canto esquecido pela memória bruta latejante das artérias da existência.Vales... água translúcida...verdade...escondidas águas que o sopro de vida faz lembrar.
Obrigada pela visita...Deixo aqui minha memória "estagnada em um sopro de vida".
Carinho por todas as palavras.
Lúcia Amorim
Lendo o teu poema, quis destacar um trecho que mais me tocou.Li e o reli e quis copiá-lo todo, aqui.
ResponderExcluirAmiga,tu és alguém a quem podemos, com toda a propriedade, chamar de artesã das palavras. O teu manusear de imagens, o teu poder de mesclar essas mesmas imagens num mar de melodias,simplesmente me encanta.
Então, que posso mais te falar?
Beijos, no teu coração.
"O silêncio das pedras"
ResponderExcluirSabemos que as pedras têm alma pelo andar ansioso de nossos passos...
Um belo poema, Úrsula.
Um beijo.
Os seus poemas me levam sempre à algum lugar.
ResponderExcluirE sendo assim eu gosto de visitar seu blog para tentar me encontrar em seus poemas.
Tenho sentido falta da sua visita.
Um fim de semana iluminado.
Beijos.
Olá Úrsula!! Tudo bem?
ResponderExcluirL i n do post!!!! Uma letra de cada vez porque perdi a respiração ao ler poema tão belo.
Mergulhei nas águas límpidas, ao lado dos peixes, e deixei alguns dos meus sonhos, desejos e arroubos. As águas costumam trazer de volta tudo que levam...
Um beijo e meus parabéns!!!
E.T. Muito obrigada por suas palavras, sempre generosas, no meu blog.
encantada com seus textos......Parabéns!
ResponderExcluirAgradeço visita querida....Bom FDS!
Beijos meus!
Belíssimo, pungente, triste, poesia...gostei. Bj
ResponderExcluirBelíssimo!
ResponderExcluirO silêncio mineral das pedras, faz brotar e fluir e renascer o que pulsa no mais íntimo do ser.
Parabéns, Úrsula!
Beijos
Mirse
Corre assombração
ResponderExcluirVai para outro mundo numa toada de vento
Afasta de mim este cálice
Deixa-me aprisionar a morte na vida por um momento
Deixa-me sentir com a alegria dos sentidos
Deixa-me acreditar no voo do por-do-sol
Deixa-me beijar as águas de um lago feliz
Deixa-me navegar sem rumo, perder o control
Bom domingo
Mágico beijo
Linda poesia amiga, parabéns, estarei sempre lendo suas poesias.Arnoldo
ResponderExcluirSalve! o silêncio, Úrsula.
ResponderExcluirNossas temáticas sintonizaram-se, percebeu?
Adorei o texto, Úrsula: imensa beleza e sensibilidade, como sempre.
Um bjo grande.
Lindo Úrsula!
ResponderExcluirUma analogia poética e perfeita das dores da alma.
Beijos
Paola
Agradeço a cada um dos (as) amigos(as) que aqui registraram seu comentário. Obrigada pelo carinho. Um abraço afetuoso a todos.
ResponderExcluirBulício delicadíssimo!
ResponderExcluirLindo seu texto
ResponderExcluirLinda sua imagem
Obrigado por compartilhar
Tenha uma boa semana
Bjss!
ResponderExcluirVolte sempre!:D