palavra suicidou
forma certeira de me punir
para que eu não descubra
no sal do desejo
forma absoluta de inquirir
e inquirindo
me entregue ao ensejo
e escreva até que o verbo
não mais seja
Úrsula Avner
* imagem disponível no site flickr.com/photos - borboleta morta encontrada no corredor de um dos prédios da T.V Cultura em São Paulo- S.P
E sem palavras não haverá respostas a tantas inquirições...isso é mesmo um jeito de punir!
ResponderExcluirbeijos
Triste esse silencio,mas muito bonito poema,Ursula!Bom dia!
ResponderExcluirbelíssima a borboleta. elas vivem um só dia e não dão rasantes, só voam pelos entornos...
ResponderExcluirtudo é verbo.
um beijo.
Muito lindo, Úrsula!
ResponderExcluirÉ realmente uma forma absurda de tortura. Não poder inquirir .
Belíssimo!
Beijos
Mirse
Lindo. Mas duvido que o verbo morra em você,co m essa inspiração radiante. beijos,querida
ResponderExcluirÉ, realmente a proibição é uma forma muito brutal de punir. Porem, não acredito que mesmo te vedando os olhos, e te tapando os ouvidos, te faltarão verbos para prosseguires com as tuas belas criações.
ResponderExcluirLindo poema. Muito profundo. Parabéns!
Beijos,
Furtado.
Só será morte quando a tua boca e os teus olhos deixarem a vida, até lá será um adormecer temporário.
ResponderExcluirUm beijo,
Judite
Se o verbo deixar de ser,
ResponderExcluiro que será?
Bjo grande!
Boa semana, Úrsula. :)
Úrsula,
ResponderExcluirAcredito que a sensibilidade faz parte de nós e temos que mostrar isso ao mundo de alguma forma nesta selva de pedras que vivemos.
Obrigada pela visita, é uma hora seguir seu blog, inspira e inaltece a alma.
Um abraço.
Há uma delicadeza difícil de se encontrar em qualquer "canto"... Eu gosto disso, difícil...
ResponderExcluirFelicidades, Úrsula!
Oi Úrsula,
ResponderExcluirtenho navegado pelo teu blog e deleitado-me com teus versos. Adorei teu estilo. Linkei o Sempre Poesia no meu blog www.paolacaumo.blospot.com (pois esse estou atualizando mais).
Beijos e até a próxima.
Paola
ouso dizer (quem sou eu?) que a tua escrita cresce a cada dia... tenho a impressão que cada vez mais lapidas as palavras, como pedras preciosas... e é por isso que elas brilham.
ResponderExcluirbesos
Olá, amiga!
ResponderExcluirSeja lá como for, sem inquirições e/ou na dor, canta belamente os teus versos, faz outros corações sonhar, pensar, refletir, em direções diferentes, em todas as direções, em tua direção... mas, refletir.
Bjs nessa alma linda!
Úrsula não poderia existir punição mais severa a um poeta do que a morte súbita de suas palavras! E sem palavras, não haveria perguntas e não havendo perguntas, as respostas passariam a ser desnecessárias... triste fim, sem dúvida!
ResponderExcluirQue o nosso verbo só silencie quando o silêncio for a nossa morada!
Tua poesia conseguiu ser poeticamente forte e suavemente bela!
Bjs
Que deleite ler-te !
ResponderExcluirMe identifico com sua poética.