Se enrijeço
não mais me (te) vejo
sob o regaço da sombra
adormeço
onde nada se altera
plácida voz da repetição
na fugacidade do tempo
que ruge como fera
Se oscilo
não aconteço
não me concretizo
transito do fim ao começo
Emudeço
no útero da vida
no cárcere do desejo
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
imagem do Google- Tela de Seurat, 1883 - " Camponesa sentada na grama "
Belíssimo poema, Úrsula.
ResponderExcluiralém da transitoriedade e fugacidade dos sentimentos vivenciados e expressos pelo eu-lírico, destaco o belo de jogo de rimas "ricas" que acentuam a literiedade de seu poema.
Parabéns. Muito bom!
Beijos :)
H.F.
corrigindo...
ResponderExcluir"destaco o belo jogo de rimas ricas..."
Beijosss...
Uma sensibilidade nas palavras que nos transportam para uma viajem ao interior.
ResponderExcluirUma auto observação bem profunda!
Fantástico!
Beijo,
Judite
humano ter desejo é pleonasmo?
ResponderExcluirlirismo aqui também?
beijo.
A doce vertente do desejo!
ResponderExcluirBelíssimo Úrsula!
ResponderExcluirO nosso eu interior em sua poesia!
Beijos
Mirse
Úrsula,
ResponderExcluirFina flor do desejo. Flor da pele. Belo poema.
Bjão
Oi Ursula...sabe, não sou muito de divagar ou comentar os trabalhos das pessoas, somente digo que está bom se gosto mesmo e se não gosto eu nem entro nos comentários...rss, essa sou eu. E a sua poesia sempre é bonita e muito bem elaborada.
ResponderExcluiresmaques pra ti!
Marisete Zanon
Uma auto-observação cabível a qualquer pessoa.
ResponderExcluirSe vacilamos diante de nossos ideais, nossos desejos mais íntimos...nada acontece!
Bjo amiga!
Gostei bastante de seu poema.
ResponderExcluirParabéns, Úrsula!