sexta-feira, 3 de setembro de 2010

*Canção para Frida Kahlo*

tela : La columna rota
autora: Frida Kahlo


súbito estralam

ossos que dormem

querem estirar

como a língua casta

desejosa da saliva

(de outra língua)


ossos roídos

roem agora

a certeza do instante

ruídos se alastram

vermes se amontoam

á mesa posta


não podem ser vistos

mas estão lá


Úrsula Avner

15 comentários:

  1. A imagem sugere, a alma da poetisa faz o resto, mostrando um de muitos olhares...

    beijo :)

    ResponderExcluir
  2. Minha querida
    Um lindo poema, para uma mulher que superou a própria força.

    Deixo um beijinho
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  3. Maravilha de poema, Úrsula!

    Concepção com várias leituras e vários sentires,

    Grata por sua visita em meu canto!

    Abraços poéticos!

    ResponderExcluir
  4. é emblemático que a última tela da Frida tenha sido uma natureza morta chamada Melancias Cortadas. teu poema ressalta a dimensão do sofrimento que ela teve em vida, sofrimento físico e também amoroso, já que a paixão por Diego consumia a ambos de prazer e tristezas,


    beijo

    ResponderExcluir
  5. Pasé a echar un ratito de lectura y como siempre, me voy encantado. Un placer siempre.

    Saludos y un abrazo.

    ResponderExcluir
  6. A obra de Frida anuncia um dos melhores poemas de sua safra, Úrsula.

    Abraços!

    ResponderExcluir
  7. Fantástico, Úrsula!

    Reviver o drama de Frida em seu poema, é o máximo!

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir
  8. Que intensidade, Úrsula! Própria da artista Frida, que tanto admiramos.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  9. ola querida Úrsula Avner!
    ontem erra somente lagrimas ,mas hoje estou pedindo a DEUS que nao faça so comigo ,mas por voce tambem que Ele

    Restitui!
    Eu quero de volta o que é meu
    Sara-me!
    E põe teu azeite em minha dor
    Restitui!
    E leva-me às águas tranqüilas
    Lava-me!
    E refrigera minha alma
    Restitui!...
    beijos e bom final de semana

    ResponderExcluir
  10. Muito emocionante e faz jus à obra da artista tão sofrida e tão iluminada. Arrasou, Úrsula. Bj

    ResponderExcluir
  11. Oi, Ursula!

    Tua poesia faz honras à tela de Frida: tão forte quanto!

    Bjs.

    ResponderExcluir
  12. Poesia emblemática, faz juz à arte de Frida.
    Honra-me desfrutar desta enlevada leitura.

    Beijos, minha flor de formosura.

    ResponderExcluir
  13. Queridas amigas, amigos e visitantes, é sempre motivo de alegria ler e refletir sobre cada comentário. Valorizo cada palavra... Obrigada a cada um e cada uma pelo carinho aqui demonstrado. Abraço afetuoso

    ResponderExcluir