sábado, 7 de março de 2009
* Além da porta *
Se eu não tivesse aberto a porta
para você entrar
seria como uma borboleta semi-morta
de asas partidas
sem poder voar
Você chegou de modo sorrateiro
trouxe no peito um amor flecheiro
cravou em mim a estaca da paixão
enebriante e pontiaguda sensação
Além da porta, escancarei janelas
se esta paixão deixou sequelas
tanto faz
majestoso voo alcei
caí no pântano do meu desejo
me debati em braçadas, suspirei
amei o mais que pude
ofegante, lavei-me nas águas do meu açude
* Úrsula Avner *
* poesia com registro de autoria
* imagem retirada do Google
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Olá, passei para conhecer seu espaço, abraços.
ResponderExcluirBorboleta
GEOGRAFIA DA FOME
"Xiquexique, mucunã
Raiz de imbu e colé
Feijão brabo, catolé
Macambira, imbiratã
Do pau-pedra e caimã
A parreira e o murão
Maniçoba e gordião
Comendo isso todo dia
Incha e causa hidropsia
Foge, povo do setão"
"Marchemos a encarar
Trinta mil epidemias
Frialdade, hidropsia,
Que ninguém pode escapar.
Os que vão para o brejo vão
Morrem de epidemia
Sofrem fome todo dia
Os que ficam no sertão"
Josué de Castro
SOU DE MINAS GERAIS TAMBÉM.
BEIJOS