terça-feira, 9 de novembro de 2010

* do que é surreal *

quero do tempo
o instante
nada mais

o ponto
é degrau
para mais
um ponto
e assim
se instaura
um conto

congelo imagens
da espuma removo
a transparência
da bruma, a essência

das minhas viagens
esquartejada memória
goteja estrelas frias
sóis encarcerados
telas ainda vazias

Úrsula Avner


19 comentários:

  1. Ursula, sábio o teu poema, nada melhor do que o instante, e viajar é tão bom, livre das memórias, para gotas de metáforas tão interessantes.

    bj

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  2. Olá Úrsula!
    Um instante pode nos trazer felicidades para uma vida...
    Bjs
    Mila

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  3. Uau, muito bom o poema, Ursula!
    Vou continuar a ler, e a reler...

    beijo :)

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  4. Querida, Úrsula,
    Mais uma maravilha!

    Buscamos tanto a eternidade, que deixamos passar no tempo os instantes repletos de vida!

    Bjs e boa semana

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  5. saudades de passar por aqui
    sempre surpreendendo com suas poesias ,maravilhosa!
    bjim querida

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  6. essas telas vazias a espera de um pintor, de uma aquarela, ou apenas de um traço qualquer.adoro tuas interioridades...

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  7. protelas o preenchimento, enquanto se vai fazendo,

    belo

    beijo

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. A última estrofe é dilacerante, amei. Poema lindo de doer!

    Beijo.

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  10. Úrsula, querida, que magnífico está esse poema!

    Amei isso:

    "congelo imagens
    da espuma removo
    a transparência
    da bruma, a essência"

    Perfeição é a palavra que aqui cabe!
    Beijos :)

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  11. Perfeito, Úrsula!

    A integridade e interlocução das palavras formaram esse seu belo poema!

    Beijos, poetisa!

    Mirze

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  12. Querida Ursula,
    quanta doçura!
    Seguiremos.
    Esperemos retribuir esse carinho no nosso blog também,
    quem sabe tê-la como seguidora, pois pessoas assim tem alma grande,
    fique em paz,
    Lulu e Sol

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  13. Grata pela visita e pelas palvras gentis...
    Divulgue Costurando-Marias para suas amigas, eu também comercializo todos os meus trabalhos.
    Bela música do seu blog... bom gosto e sensibilidade, parabéns!
    Namastê!

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  14. Amei! De uma sonoridade encantadora é feito o penúltimo verso. Lindíssimo!
    Bjs

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  15. Meu agradecimento sincero a cada um e cada uma que registrou aqui seu comentário. Um abraço afetuoso.

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  16. A cada badalar do ponteiro o relógio marca o tempo real, como estamos fazendo agora. A ansiedade nos leva a refletir no melhor tempo possível. Queremos viver o melhor momento como se fora o último.
    Realmente o ponto marca o fim de um pensamento, assim sairá outro pensamento e outro ponto.
    Vivi um momento incrível, então congelei aquela imagem que o tempo, (um deus que modela nossas células) insiste que a memória esqueça.
    A memória nos cobra pelos caminhos percorridos. Passamos por eles, mas o tempo os apagou, mas insistem em gotejar em nossos nervos, cujos fios levam a lembrança para o cérebro. Uma emoção nos invade. Então o momento; é o momento para o choro. Limpa a alma! Entretanto a alma não pode ser feita de uma tela vaga.

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  17. Úrsula,

    "...esquartejada memória
    goteja estrelas frias
    sóis encarcerados
    telas ainda vazias."

    Tempo, tempo, tempo...de poetizar.
    Bela construção. SEMPRE bom vir aqui.

    Beijos,

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  18. Olá Machado e Anna,

    Grata pela simpatia da visita e amáveis comentários. Uma abraço aos dois.

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