quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

* Breve companhia *

Partiste
lépido sem despedida
do meu regaço fugiste
deixaste-me
solitário e triste
gotejando a dor da partida

Quisera aninhar-te
em meu colo
afagá-lo em minhas mãos
só mais um instante

contemplar o silêncio
de tuas asas
o pulsar galopante
do teu coração
sentir tua respiração
ofegante

Invejo tua liberdade
que em mostrar-me insiste
o quanto sou chão
em mim subsiste
a lembrança da tua canção
serena e incisiva
abaulando no peito
segredos inescrutáveis da vida


Úrsula Avner

* poema com registro de autoria
* Imagem do google

18 comentários:

  1. Nós e nossos pássaros reais ou imaginários, que nos fazem voar... Que bonito, Úrsula.

    Beijo.

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  2. Um belo poema que exala ternura. Adoro vir aqui e me encantar com sua sempre poesia.
    Bjs

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  3. Que lindo poema, maiga. a liberdade é tudo.
    Venha neste vou, e pouse no blog.
    te espero.
    http://sandraandradeendy.blogspot.com/
    venha para Poetas um voo libre.

    Com muito carinho
    Sandra

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  4. linda poesia!!!!!!!!!!!!!!
    Parabéns!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  5. Linda imagem, lindos versos, a liberdade que nos faz voar, beijo.

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  6. Lindo!!!

    Poesia, ternura, sensibilidade, emoção!!!


    Beijos Poeta!
    AL

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  7. Quem parte leva de nós muitos momentos que poderiam ter sido, e nunca serão.
    Por isso saudades de um amor são tão intensas, e vibram em nós como tempestades.

    Um final de semana de muitos sorrisos.

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  8. Lindo, Úrsula! O tipo de poema que dá vontade de ir lendo até alcançar essa paz, mesmo triste, mas sábia de saber deixar o outro bater as próprias asas.

    Beijos!

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  9. Olá Úrsula!

    Pousa em minhas mãos por instantes
    deixa um pouco das suas asas em mim
    partilha os seus cantos inebriantes
    fala-me das belas flores do jardim

    Bom fim de semana. Beijos.

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  10. Bom dia minha poetisa...
    Esse poema caiu como a uma luva no momento em q me encontro...
    Meu amor criou asas e se foi,porém uma imensa vontade de alçar voos e viajar por caminhos novos me invadiram a alma,isso significa q a vontade de ser feliz é maior...
    Ñ há nada q o tempo ñ cure...E todo amor é bem vindo mesmo q ñ vivido em toda a sua intensidade.
    Um beijo grande

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  11. Extrema sensibilidade demonstrada no poema.
    Aninhado no colo, sim, mas podendo voar.
    Um beijo.

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  12. Nossa Úrsula! Esse poema me levou às lágrimas!

    Maravilhoso e super sensível.

    Parabéns, poeta!

    Beijos

    Mirse

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  13. Que bom poder sentir, apreciar e tocar, depois temos que deixar voar, paz.

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  14. "No fim tu hás de ver que as coisas
    mais leves são as únicas que o vento
    não conseguiu levar:
    um estribilho antigo,
    um carinho no momento preciso,
    o folhear de um livro de poemas,
    o cheiro que tinha um dia
    o próprio vento"

    (Mário Quintana)


    Desejo um lindo dimingo com muito amor, paz e carinho.
    Abraços com todo meu carinho.

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  15. Linda demais essa poesia, um sentimento de abandono, mas escrito com sutileza.Parabéns.Arnoldo Pimentel

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  16. A todos (as) os (as) amigos (as) que me visitaram e aqui deixaram o registro de seu carinho em relação a mim e ao que escrevo, meus sinceros agadecimentos. Sejam sempre bem vindos ! Bj a cada um (a) com carinho.

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  17. Hoje é domingo, dia em que posso bater minhas frágeis asas com mais liberdade e pousar por mais tempo nos blogues dos amigos.

    "Invejo tua liberdade
    que em mostrar-me insiste
    o quanto sou chão"

    Úrsula, apaixonei-me pelo seu poema. Esse recolher as próprias asas num sentir contido, esse transformar o vendaval da partida em brisa poética... A verdade é que eu admiro muito os seus escritos.

    Bjs e inté!

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  18. Úrsula,



    Palavras-como-ninho.





    Beijos,







    Marcelo.

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